A Fiat deu adeus à Bolsa de Valores de Milão, após 111 anos cotada na sede do mercado de capitais italiano.
Sob o nome de Fiat Chrysler Automobiles (FCA) – resultado da fusão com a montadora norte-americana -, a empresa desembarca em Wall Street, onde seus títulos passarão a ser vendidos na New York Stock Exchange (Nyse).
A sede legal da companhia mudará de Turim, no norte do país, para a Holanda, enquanto o quartel-general financeiro e a base fiscal serão em Londres, no Reino Unido. E a sociedade já parte com projetos ambiciosos, incluindo um plano de 50 milhões de euros em investimentos que prevê o relançamento da marca Alfa Romeo e a chegada de novos modelos.
Os objetivos são vender 7 milhões de automóveis em 2018 e, principalmente, mostrar aos seus concorrentes que pode ocupar um papel de estaque no cenário internacional. "Existe espaço para uma montadora maior do que a Toyota", garante o CEO da futura FCA, Sergio Marchionne.
Além disso, outras fusões e aquisições estão no radar. "A Fiat Chrysler está pronta para participar do processo de consolidação do setor automobilístico nos próximos cinco ou 10 anos", garante o presidente John Elkann.
Nos meses seguintes, a atenção estará voltada a possíveis novas alianças, com um olho em particular virado para a Ásia, onde já existem colaborações industriais com Mazda e Mitsubishi.