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POLÍTICA: Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi pede para esquerda “superar tabus”

Em uma reunião da direção do Partido Democrático (PD) sobre um projeto de reforma trabalhista, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, pediu para a legenda de centro-esquerda superar "alguns tabus" e propôs uma "profunda reorganização" do mercado de trabalho e do sistema de bem-estar social.

"Precisamos de um país que quer investir e dar respostas aos mais frágeis, que são tantos e necessitam de medidas diferentes das que foram feitas até agora. A rede de proteção se partiu, ela não tem que ser eliminada, mas costurada, sabendo que há um Estado amigo que ajuda", destacou o premier.

A reforma apresentada por Renzi criou uma crise com uma ala mais tradicional do PD porque abre espaço para modificações no artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores, que regula as demissões sem justa causa nas empresas com mais de 15 funcionários.

Entre outras coisas, a atual lei autoriza a reintegração do empregado mandado embora sem motivo justificado, e nas mesmas condições de antes, além do pagamento de indenização. "Não somos um clube de filósofos, mas um partido político que decide. Claro que se discute e se divide, mas do lado de fora devemos estar todos juntos", acrescentou o primeiro-ministro.

Segundo o chefe de governo, mais importante do que respeitar o artigo 18 é garantir oportunidades de trabalho para os habitantes da Itália, onde a taxa de desemprego está em 12,6%. "A esquerda deve ter, ao menos uma vez, a coragem de jogar no ataque, evitando dar a impressão de parar frente a um tabu", declarou Renzi. 

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