O diretor de Planejamento e Aquisições da Expo Milão 2015, Angelo Paris, foi preso por ordem dos juízes preliminares da Procuradoria de Milão, sob acusação de crimes contra a administração pública, corrupção e associação criminosa.
Junto com Paris, foram detidos o senador Luigi Grillo, considerado um intermediário das supostas irregularidades, e os políticos Gianstefano Frigerio e Primo Greganti, entre outros.
De acordo com a Procuradoria, foi criada na Lombardia uma "verdadeira cúpula para condicionar compras e contratos", alguns deles relacionados à Expo Milão 2015 e à construção de pavilhões de vários países. Essa "cúpula", que agia há mais de 1 ano e meio, pedia "progressões na carreira profissional" em troca de concessões e "proteções políticas" a empresários e funcionários públicos. "Eu te dou todos os contratos que quiser, desde que você alavanque minha carreira", teria dito Angelo Paris, segundo a Justiça.
No processo conduzido pela Procuradoria de Milão, aparece ainda o nome de outras cinco pessoas, entre elas do ex-premier Silvio Berlusconi e de seu apoiador Gianni Letta. Mas nenhum deles é considerado suspeito.
A Procuradoria também informou que o CEO da Expo Milão 2015, Giuseppe Sala, não está envolvido no processo. Após as prisões, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, pediu para a "política não colocar o bico nas investigações". O presidente da região da Lombardia, Roberto Maroni, disse também que "está convencido da absoluta necessidade de limpeza".