Notícias

TURISMO: Esqueletos petrificados dão ar sinistro a passeio por Pompeia, na Itália

O sítio arqueológico de Pompeia é um dos únicos locais no mundo capazes de levar os visitantes de volta a uma verdadeira cidade romana. O lugar permanece em excepcional estado de conservação por ter sido soterrado por uma chuva de cinzas – e não pela lava – que cobriu em seis metros de altura a cidade durante a erupção do vulcão Vesúvio, em 79 d.C. Outras cidades vizinhas atingidas foram Herculano (outro excelente e bem preservado sítio arqueológico – vale a visita, se houver tempo), Oplontis, Stabia e Boscoreale.

Quando desapareceu debaixo das cinzas, Pompeia tinha cerca de 20 mil habitantes e era produtora de vinho e azeite. A erupção começou por volta das 10 horas da manhã do dia 24 de agosto e durou o suficiente para cobrir a cidade e matar boa parte de seus moradores soterrados ou asfixiados pela fumaça tóxica.

Oculta durante 1.600 anos, a cidade foi redescoberta por um agricultor que, ao trabalhar na região, localizou um muro da cidade, no final do século 18. Nos dois séculos seguintes, a cidade foi escavada por arqueólogos. Casas, prédios públicos, aquedutos (sistema de condução de água), teatros, termas, lojas e outras construções foram encontrados. Os arqueólogos acharam também objetos e afrescos que revelaram importantes aspectos do cotidiano de uma cidade típica do Império Romano.

Além disso, muitos esqueletos petrificados, em posição de proteção, foram encontrados nas escavações.  Isso porque a chuva de cinza fina que cobriu o local aderiu às formas dos corpos e roupas das vítimas, preservando o momento em que morreram. Com uma técnica que utiliza gesso, desenvolvida por Giuseppe Fiorelli, diretor de escavações entre 1860 e 1875, foi possível mantê-los intactos, como foram encontrados pelos pesquisadores, até os dias de hoje.

Atualmente, Pompeia, que desde 1997 é Patrimônio da Humanidade, corre o risco de ser rebaixada à lista de Patrimônio Mundial em Perigo. Segundo o último relatório da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a situação no local é preocupante e inclui infiltrações, afrescos e mosaicos expostos à luz e pouca vigilância.

Isso levou a entidade a exigir a apresentação de um projeto de restauração e conservação, que deve ser analisado ainda em 2014. A nós, resta torcer para que a cidade não desapareça mais uma vez. 

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios