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ONU nega ajuda à Itália em caso de militares presos na Índia

Após a ministra das Relações Exteriores da Itália, Emma Bonino, acionar o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) para ajudar no caso dos dois fuzileiros italianos detidos na Índia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que essa é uma questão "bilateral" e que deve ser resolvida pelas duas nações.

"É melhor que esse tema seja tratado bilateralmente, mais do que com o envolvimento das Nações Unidos", disse Ban a jornalistas em Nova York. Antes disso, o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, já havia declarado que considera o assunto um problema que "se refere aos dois países".

Segundo a chanceler italiana, a nação asiática cometeu uma violação dos direitos humanos ao restringir a liberdade dos militares durante dois anos, mesmo sem imputá-los oficialmente. Massimiliano Latorre e Salvatore Girone foram denunciados pela morte de dois pescadores indianos em 15 de fevereiro de 2012, quando estavam a bordo de um navio petroleiro da Itália.

O incidente ocorreu em águas internacionais perto do estado de Kerala, e os réus justificaram a ação afirmando que estavam defendendo a embarcação de um ataque pirata. Há poucos dias, a Procuradoria da Índia propôs a aplicação de uma lei antiterrorismo contra os fuzileiros, o que foi classificado como "inaceitável" por Enrico Letta, premier da nação europeia. Caso sejam condenados, eles podem pegar até 10 anos de prisão. A Suprema Corte de Nova Délhi marcou para a próxima terça-feira (18) uma audiência para examinar o recurso judicial do governo italiano.

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