As lojas da marca de luxo Dolce Gabbana na Itália amanheceram com placas na vitrine anunciando que estão fechadas na por motivo de "indignação".
A direção da grife que está entre as mais famosas do mundo decidiu fechar várias lojas depois que o Tribunal de Milão determinou a prisão de seus dois principais designers por um ano e oito meses por crime de evasão fiscal.
Os estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana foram condenados no mês de junho por fraude fiscal. Eles emitiram comunicado oficial dizendo que pretendiam recorrer da decisão da Justiça italiana.
"Ficamos chocados quando percebemos que a mídia entendeu mal o veredito, virando-o de cabeça para baixo", declarou o advogado da dupla, ao anunciar a intenção de recorrer da decisão.
Os donos da Dolce & Gabbana são acusados de não declarar impostos ao receber royalties de mais de US$ 1,2 bilhão em uma operação envolvendo suas marcas. Os designers, que têm entre seus clientes a cantora Madonna e a modelo Naomi Campbell, afirmam que as acusações são falsas.
Os promotores dizem que os dois estilistas venderam as marcas D&G e Dolce & Gabbana para a holding Gado, sediada em Luxemburgo, há nove anos. A operação teria o objetivo de evitar o pagamento de impostos na Itália, já que a taxação sobre este tipo de operação no país é uma das mais altas do mundo.
O promotor Gaetano Ruta disse ontem que Dolce e Gabbana se beneficiaram ao montar uma complexa venda de ativos. "Uma fatia de 80% da Gado era controlada pela D&G, da qual Dolce e Gabbana tinham 50% cada um", explicou Ruta.