O governo italiano corre contra o tempo para salvar a ILVA e 20 mil postos de trabalho. O executivo de Mario Monti promete delinear um plano com a direção.
A maior siderúrgica da Europa, em Taranto, no sul de Itália, está desde esta última terça-feira encerrada, após a decisão da justiça de confiscar a produção, devido a problemas de poluição e ao número anormal de cancros e de problemas respiratórios na região.
Os trabalhadores protestam. Um deles, há 23 anos ao serviço da ILVA, afirma: “Queremos salvar os postos de trabalho. Os empregados nada têm a ver com os problemas de poluição. Este é um problema que nos caiu em cima e nós é que perdemos o trabalho”.
Face ao encerramento da fábrica, centenas de funcionários ocuparam as instalações.
A ILVA de Taranto emprega 12 mil pessoas e produz um terço do aço italiano. Em causa está também o funcionamento de outras instalações. Em Génova, os funcionários cortaram a autoestrada em protesto. Sem o aço de Taranto, dizem que vão fechar também as portas.
Em outubro, o governo Monti autorizou a ILVA a funcionar. Agora enfrenta um teste à sua capacidade de salvar empregos numa região estagnada em termos económicos.