O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro recuou 0,1% no terceiro trimestre deste ano comparado com o segundo trimestre, quando o recuo fora de 0,2%, de acordo com estimativas publicadas pela agência de estatísticas da região, a Eurostat. Com a segunda queda seguida do PIB do bloco, a Eurozona entra oficialmente em recessão.
Uma recessão ocorre quando são registrados dois trimestres consecutivos de contração da atividade econômica, cenário geralmente acompanhado de um crescimento das taxas de desemprego e inflação. A última vez que a região entrou em recessão foi em 2009.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2011, foi registrado recuo de 0,6%, ante recuo de 0,4% no segundo trimestre.
Nos 27 países da União Europeia, foi registrada alta de 0,1% no PIB no terceiro trimestre sobre o trimestre anterior e recuo de 0,4%.
O crescimento foi nulo nos três primeiros meses do ano tanto na UE como na eurozona.
Também foi divulgada nesta quinta-feira a inflação anual da zona do euro, que ficou em 2,5% no acumulado dos 12 meses encerrados em outubro. Foi registrada uma desaceleração sobre o resultado de 2,6% em setembro.
Principal economia da região, contudo, a Alemanha ainda apresenta crescimento mesmo com a crise na Eurozona. O país cresceu 0,2% no terceiro trimestre – abaixo da alta de 0,3% do segundo trimestre e da de 0,5% do primeiro. Ante o mesmo período do ano passado, a alta é de 0,9%.
A França também apresentou alta no PIB no período, de 0,2% sobre os três meses anteriores. Sobre o mesmo período de 2011 a alta foi de 0,1%.
Na Itália também foi registrado resultado negativo no período, com queda de 0,2% sobre o segundo trimestre e de 2,4% ante o mesmo período de 2011.
A economia da Espanha, por sua vez, encolheu entre julho e setembro 0,3% em relação ao trimestre anterior, confirmou nesta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). A queda foi de 1,6% em relação ao mesmo período em 2011.
O retrocesso é um décimo inferior ao dos três meses precedentes, graças, principalmente, à menor queda no consumo privado, já que muitos cidadãos preferiram antecipar compras por causa da previsão de aumento do IVA (Imposto sobre o Valor Agregado) para 1º de setembro.