Em maio a dívida pública italiana – equivalente a 120% do PIB – bateu novo recorde ao chegar a € 1,966 trilhões, um aumento em relação ao recorde histórico alcançado em abril (€ 1,949 trilhões). É o que mostra o Suplemento ao Boletim Estatístico do Banco da Itália, dedicado à finança pública.
A receita fiscal nos primeiros cinco meses de 2012 totalizou € 142,101 bilhões, um aumento de 1,14% em relação aos € 140,494 bilhões do mesmo período do ano passado.
Os dados do Banco Central italiano são inferiores aos relatados há poucos dias pelo Ministério da Economia (+2,5%).
Frente à situação, o governo italiano manifestou que quer reduzir em 20% o endividamento público do país nos próximos cinco anos, ao vender entre € 15 e € 20 bilhões em ativos por ano, o que equivale a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O anúncio foi feito pelo novo ministro da Economia, Vittorio Grilli, que assumiu na última semana no lugar do premier Mario Monti que, desde a posse, desempenhava o cargo interinamente.
"Não podemos viver indefinidamente com uma carga tão pesada sobre a cabeça dos italianos. O caminho praticável é o de garantir, com um programa de vários anos, vendas de bens públicos", afirmou o ministro que, no entanto, admitiu que o governo encontrará dificuldades na venda dos ativos. "Infelizmente, já não há ativos vendáveis do Estado e das empresas públicas como há 20 anos. Existe um patrimônio imobiliário difícil de valorizar", observou.