Ainda que "não estejamos em guerra, os danos econômicos já provocados pela crise equivalem àqueles de um conflito armado, que atingiu partes vitais e preciosas do sistema Itália", opinou o Centro de Estudos da Confindustria (CSC, da sigla em italiano). Foram afetadas as partes "das quais depende o futuro do país".
A Confindustria fala de uma crise que está tendo efeitos de uma guerra por "erros recentes e males antigos", e enfatiza que "os erros recentes ficaram enroscados na gestão da crise do euro".
Mesmo entre os fatores que levaram a rever para baixo as estimativas do PIB (Produto Interno Bruto), o centro de estudos da Confindustria evidencia a falta de "uma solução rápida da crise da dívida soberana da zona do euro", entre as condições "abertamente otimistas" sobre as estimativas anteriores de dezembro passado e que não se verificaram, assim como uma redução das taxas de juro no longo prazo, a restauração das condições normais do crédito, ou o retorno da confiança entre empresas e consumidores. As eleições na Grécia e a crise dos bancos espanhóis representaram outro duro golpe.
"As instituições europeias não conseguiram encontrar uma solução viável e crível por causa do conflito de interesses entre os Estados", releva o CSC.