Após o encontro em Roma com a chanceler alemã Angela Merkel, o premier italiano Mario Monti declarou que a Itália ainda não superou a situação de emergência e que é preciso, a partir de agora, trabalhar para estimular o crescimento.
"O desafio continua. A Itália não superou a emergência, estamos ainda comprometidos em tirar o país dessa crise", disse o primeiro-ministro da Itália.
O plano de austeridade adotado pelo governo Monti foi elogiado em coletiva de imprensa após o encontro pela chefe do Governo alemão, que qualificou as reformas adotadas – que incluíram cortes de gastos sociais – de "corajosas".
"Acompanhamos com atenção estas reformas corajosas da Itália sob o governo Monti e mantemos a atenção sobre as discussões em curso para mais reformas", assinalou.
A líder alemã ainda afirmou que "até o fim de março haverá um posicionamento" sobre uma eventual adoção da taxa Tobin, sobre transações financeiras internacionais.
"Todas as possibilidades serão exploradas. Devemos olhar para os efeitos sobre a competitividade e, até o fim do mês, poderemos ver a posição de Itália e Alemanha. Buscaremos uma posição comum, na qual estamos trabalhando", indicou.
Merkel ainda observou que a crise do euro evidenciou os pontos fracos da Europa e manifestou que cada Estado do continente "deve fazer sua própria tarefa" e reforçar o mercado interno, além de agir em suas próprias nações, adotando o pacto fiscal e incentivando a inovação.