O ministro italiano do Desenvolvimento, Corrado Passera, disse durante o Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade suíça de Davos, que é possível perceber o respeito pelas medidas que estão sendo adotadas pelo seu país contra a crise econômica.
"Em locais como Davos, percebe-se uma grande atenção e um grande respeito por aquilo que a Itália está fazendo", disse Passera, acrescentando que é preciso continuar o trabalho que já foi iniciado para que possa sair dessa situação.
"Há sinais positivos [diante da crise], mas sabemos que ainda estamos em uma zona de alto risco", afirmou o ministro.
Segundo ele, "desde o início, [o governo do premier Mario Monti] trabalhou como se estivéssemos em recessão".
Em relação à liberalização, que tem provocado protestos de alguns setores, principalmente o de transporte, o titular do Desenvolvimento observou que "estamos avançando, tudo corre como o planejado".
De acordo com Passera, apesar de manifestações violentas, "muitos segmentos da economia aceitaram e entenderam que o nosso país, em termos de abertura de mercado, deve mudar um pouco as engrenagens".
A presidente da Confederação Geral da Indústria Italiana (Cofindustria), Emma Marcegaglia, também compartilhou da impressão do ministro e afirmou que, "em Davos, a percepção é de que a Itália tem mais credibilidade do que no ano passado".
Marcegaglia avaliou que o país tem "pela frente meses difíceis". Ela disse, em referência aos protestos sociais, que acredita que "se agirmos com inteligência e fizermos as coisas para voltar a crescer, o país pode ter sua coesão social".