Um vídeo amador de um dos sobreviventes do naufrágio ao largo da costa italiana mostra o ambiente de pânico quando os passageiros tentavam escapar do navio de cruzeiro.
Entre os testemunhos, multiplicam-se relatos de pessoas que saltaram para o mar ou lutaram para conseguir um colete salva-vidas ou um lugar num dos botes de socorro.
Um passageiro norte-americano explica que “havia pessoas completamente em pânico. Uma rapariga estava tão preocupada que começou a tentar agarrar outras pessoas, o que é perigoso, sobretudo quando se tenta nadar. Alguém pode, por exemplo, atingir-nos na cara”.
Outro explica que “o barco parecia estar a tombar rapidamente” e, por isso, pensaram que seriam “atingidos”. Mas afinal “estava a virar-se lentamente, era possível vê-lo”. Acrescenta que, no seu grupo, eram todos “bons nadadores” e acompanharam “uma família francesa com duas filhas de 10 e 12 anos”.
Passado o susto, há quem se queixe da fraca assistência por parte dos serviços de socorro italianos e da tripulação do cruzeiro.
Um passageiro italiano explica que quando chegou ao porto, depois de ser transportado pela guarda costeira, sentiu-se “de certa forma abandonado, porque ninguém do navio podia fazer nada para ajudar os sobreviventes. Quem ajudou realmente toda a noite foram os residentes da ilha de Giglio”.
Muitos passageiros apontam o dedo à companhia italiana que gere o navio, acusada de desorganização no momento da tragédia.