O governo brasileiro concedeu o visto de residência ao padre italiano Vito Miracapillo, expulso pela ditadura (1964-1985) por se recusar a celebrar uma missa no Dia da Independência para as autoridades.
Genival Saraiva de Franca, membro da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), comemorou a decisão porque dessa forma "se fez justiça" com o padre italiano. "Nós queríamos a anulação da expulsão porque foi uma injustiça", comentou.
Em 7 de setembro de 1980 o então pároco de Ribeirão, Vito Miracapillo, se recusou a celebrar a missa na diocese de Palmares (em Pernambuco) e dias depois as autoridades ordenaram que ele saísse do país.
Miracapillo "questionou a decisão das autoridades de então: em 7 de setembro ele celebrou uma missa na região rural, de modo que não havia necessidade de celebrar outra na praça da cidade, o que não foi entendido pela ditadura", disse Saraiva de Franca, titular da regional do nordeste da CNBB.
O sacerdote, que desde a sua expulsão vive na Itália, chegará em Pernambuco esta semana para participar das celebrações do 50º aniversário da diocese de Palmares, que começam no próximo dia 13