O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, garantiu que seu governo aprofundará as reformas institucionais indicadas no governo anterior, de Silvio Berlusconi.
Após um encontro em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, o premier explicou que o programa entregue pelo governo anterior durante a última Cúpula do G20 será "o ponto de partida" para a aplicação de medidas em sua gestão.
Ele e Barroso não chegaram a entrar em detalhes sobre a questão da redução do déficit e do equilíbrio para o orçamento de 2013, limitando-se a tratá-la em "termos gerais", confirmou Monti após a reunião.
Na próxima sexta-feira (25) ele receberá em Roma o comissário da UE para Assuntos Financeiros e Econômicos, Olli Rehn, para debater pontos da política econômica italiana.
Por sua vez, Barroso admitiu que o desafio que Monti enfrentará "é imenso" e que seu governo "tem uma responsabilidade histórica", mas advertiu que não se pode esperar soluções milagrosas, em se referindo especificamente aos mercados.
O presidente da Comissão Europeia indicou ainda que a Itália precisa de determinação na aplicação das medidas anunciadas, de esforço para manter um avanço primário e de intervenções para aumentar o potencial de crescimento.
O premier italiano comentou ainda que a visita a Bruxelas para se reunir com autoridades da União Europeia (UE) "não faz parte da atividade internacional", já que o bloco "é o lugar onde se expressa a melhor parte de cada Estado-membro".
Monti ainda defendeu que os países da zona do euro não devem criar divisões com as demais nações do continente, uma vez que "há fortes interesses comuns".