O comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, afirmou que a troca de governo na Itália não implica mudanças no monitoramento realizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE).
"O diagnóstico da economia italiana não muda só porque há uma nova administração", afirmou Rehn, em se referindo à renúncia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi e à indicação ao cargo de Mario Monti.
De acordo com o comissário, a equipe responsável por monitorar a implementação de medidas anticrise ainda está em Roma e permanecerá na capital italiana até novas ordens.
"A missão UE-BCE em Roma não será a única e acompanhará regularmente os compromissos assumidos pelo governo", explicou Rehn, ressaltando que as respostas da Itália aos questionamentos da UE são "completas e pontuais".
Berlusconi deixou o cargo de primeiro-ministro da Itália no último sábado, dia 12, após o Parlamento aprovar a Lei da Estabilidade, que contém uma série de medidas para equilibrar as contas públicas.
A aprovação da lei era a condição imposta pelo premier para renunciar.
O economista italiano Mario Monti foi indicado pelo presidente Giorgio Napolitano para formar um novo gabinete.