O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou que essa é a "maior crise" que o país já enfrentou e criticou a possibilidade de instaurar governos técnicos ou de transição.
"[Estamos] no meio de uma crise que é a maior da nossa história", disse o premier em uma conversa telefônica com a convenção de Ação Popular.
Ele também afirmou que a Itália tem o livre arbítrio pelo fim do monitoramento do Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciado na última sexta-feira, durante a Cúpula do G20, em Cannes, na França.
"Nós pedimos ao FMI para verificar o andamento da aprovação destas reformas", explicou o premier.
"O pedido partiu de nós e podemos retira-lo quando quisermos", acrescentou.
O FMI vai monitorar as medidas que o governo italiano deve implementar para equilibrar as finanças públicas e sair da crise econômica.
A situação do país, que tem déficit de 120% do Produto Interno Bruto (PIB), tem desgastado a imagem de Berlusconi e feito a oposição pedir sua renúncia.
O premier, por sua vez, garantiu que ainda detém o apoio da maioria no Parlamento. "Verificamos [a maioria], nas últimas horas, com números certos", disse ele na ligação telefônica.
Berlusconi também chegou a comentar que a única alternativa seriam as eleições antecipadas, e não a instalação de um governo técnico e ou de transição.