Cerca de 200 brasileiros foram impedidos de embarcar de volta ao Brasil no Aeroporto Internacional de Roma, capital da Itália, desde a manhã de sábado, devido à crise aérea que se instalou no país depois da venda da maior companhia italiana, Alitalia.
Os funcionários da empresa estão parados há cinco dias e ao menos 20 vôos foram cancelados no aeroporto Fiumicino.
Wagner Dias Coelho, e o irmão dele, Wanderley Dias Coelho, ficaram retidos em Roma por cerca de 24 horas. Segundo a família, que mora em Belo Horizonte (MG), eles viajaram à Itália a trabalho. “Eles vão perder o casamento de outro irmão hoje”, afirmou a mulher de Wagner, Ediléia.
No início desta tarde, os dois conseguiram embarcar em um vôo com destino a Guarulhos, em São Paulo. O avião, que traz grande parte dos brasileiros pegos de surpresa pela crise, deverá chegar ao Brasil por volta da 0h. O chefe dos dois irmãos, que também está em Roma, não conseguiu embarcar.
Outro brasileiro que somente conseguiu embarcar hoje às 15h30, hora local (12h30 – horário de Brasília) foi Frederico Abranches, de Araraquara (SP).
Antes de entrar no avião, ele explicou que a situação dos brasileiros no aeroporto italiano é crítica. “Estão todos sem assistência e não têm sequer onde dormir. A companhia está oferecendo apenas algumas refeições”, disse.
Na noite de ontem, depois de serem informados de mais um atraso, alguns brasileiros chegaram a entrar em confronto com funcionários da Alitalia.
O consulado do Brasil em Roma informou que tem ciência da situação e que aguarda uma posição oficial da Alitalia sobre o embarque do grupo restante de brasileiros que não embarcou no vôo com destino a Guarulhos no início da tarde.