O plano de austeridade elaborado pelo governo italiano para equilibrar o orçamento do país recebeu um voto de confiança da Câmara dos Deputados.
O texto recebeu o voto de confiança de 316 parlamentares, contra 302. O projeto já passou pelo Senado.
A votação foi acompanhada pelo primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi. Nesta manhã, ele também se reuniu com o presidente Giorgio Napolitano.
O plano de austeridade prevê cortes de mais de 45 bilhões de euros até 2013. Atualmente, a dívida pública italiana está em 120% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Entre as medidas, estão o aumento do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA) de 20% para 21%, a taxação em 3% das fortunas acima de 500 mil euros e mudanças no sistema de aposentadoria.
O plano também elimina províncias italianas e reduz o repasse de verbas, como forma de conter os gastos públicos.
Contrário às medidas, o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, destacou que "todos nós, prefeitos da Itália, estaremos mobilizados até que haja uma correção nessa manobra".
As medidas, recomendadas pelos países da União Europeia (UE) e pelo Banco Central Europeu (BCE), também geraram descontentamento entre os trabalhadores.