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Para Silvio Berlusconi, Estado Palestino não deve ser imposto

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou hoje que a criação do Estado palestino, como suas autoridades pretendem, pode afastar a perspectiva de paz para o Oriente Médio e de negociações com Israel.

"Um resolução da ONU [Organização das Nações Unidas] pode apenas retroceder a paz e afastar a perspectiva de negociações", opinou o premier durante a coletiva de imprensa compartilhada com seu colega israelense, Benyamin Netanyahu, que está em Roma para uma visita de Estado.

Berlusconi ainda defendeu como "prioritário" que Hamas reconheça Israel e defendeu que as autoridades palestinas devem reconhecer os acordos feitos com os israelenses e se empenhar pela "não violência" como condições para terem o Estado palestino reconhecido.

O chefe de Governo israelense agradeceu as palavras de seu homólogo que demonstram uma "posição clara" sobre o assunto e afirmou que a paz "não pode ser imposta pelo exterior", "nem por uma resolução da ONU", mas só pode ser resultado de negociações.

"Pedi a Abu Mazen [presidente da Autoridade Nacional Palestina] para se voltar ao seu povo, por amor à paz, e dizer: 'aceito' o Estado hebraico de Israel. Se disser estas seis palavras, mudaremos o mundo", afirmou o líder israelense.

A Liga Árabe manifestou no início do ano que pretende solicitar oficialmente à ONU, na Assembleia Geral de setembro, o reconhecimento do Estado Palestino dentro das fronteiras estabelecidas em 1967, o que inclui a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Atualmente, os palestinos não têm direito a voto nos fóruns das Nações Unidas.

A decisão será submetida às nações reconhecidas pela ONU e, depois, passará por ratificação do Conselho de Segurança (CS) do organismo, que pode vetar o pedido. Desde o anúncio, Israel tem promovido uma campanha contra o reconhecimento unilateral da Palestina.

Netanyahu ainda exortou hoje a comunidade internacional para que ela não permita que o Irã desenvolva armas nucleares e indicou que, caso o país continue com seu programa nuclear, ele deve se deparar com um "inverno iraniano" mais forte do que a "primavera árabe", em referência às ondas de revoltas anti-governo sobre os países árabes que ocorreram nos últimos meses, durante a primavera na região.

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