
Dois cardeais com menos de 80 anos não devem participar do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco por motivos de saúde, reduzindo o número de eleitores de 135 para 133.
Trata-se do espanhol Antonio Cañizares, arcebispo emérito de Valência, e do bósnio-croata Vinko Puljic, arcebispo emérito de Vrhbosna, ambos de 79 anos de idade, segundo a agência Associated Press. Ambos são identificados com a ala conservadora do colégio cardinalício.
Ainda resta o impasse a respeito do cardeal italiano Angelo Becciu, que teve os direitos ligados ao cardinalato revogados por Francisco em setembro de 2020, mas agora reivindica a prerrogativa de votar no conclave e tem participado das cerimônias no Vaticano para a despedida do Papa.
Ele foi condenado a cinco anos e meio de prisão por crimes financeiros praticados na época em que era o “número 2” da poderosa Secretaria de Estado do Vaticano, incluindo a compra de um prédio em Londres com dinheiro do Óbolo de São Pedro, fundo de arrecadação de donativos da Igreja Católica e que é usado para ações de caridade.
Becciu sempre alegou inocência e recorreu da sentença, além de afirmar que foi perdoado por Francisco. Caberá à congregação de cardeais, que tem realizado reuniões diárias no Vaticano desde a morte de Jorge Bergoglio, decidir sobre a participação ou não do italiano, o que elevaria o número de eleitores no conclave para 134.