
O Ministério Público da Itália abriu uma investigação contra mais de 10 ex e atuais atletas da Série A por suspeita de envolvimento com plataformas clandestinas de apostas e jogos de azar.
Entre os alvos do inquérito estão Alessandro Florenzi (Milan), Ángel Di María (ex-Juventus, hoje no Benfica), Leandro Paredes (Roma), Mattia Perin (Juventus), Nicolò Fagioli (Fiorentina), Nicolò Zaniolo (Fiorentina), Raoul Bellanova (Atalanta), Samuele Ricci (Torino), Sandro Tonali (ex-Milan, hoje no Newcastle) e Weston McKennie (Juventus).
Todos são suspeitos de utilizar plataformas ilegais de apostas e jogos não autorizados pela Agência de Alfândega da Itália, como partidas de pôquer online. Até o momento, não há notícias de que eles tenham apostado em jogos de futebol.
Segundo o Ministério Público, Fagioli e Tonali, que já cumpriram suspensão por apostas ilegais, também são investigados por suspeita de divulgar as plataformas entre os colegas. Eles teriam sido remunerados com “bônus” em suas próprias contas de jogo e redução de dívidas por aliciar outros atletas.
O MP também apontou que, após acumular dívidas elevadas, os jogadores simulavam a compra de relógios de luxo em uma joalheria de Milão indicada pelos credores, saindo da loja apenas com a fatura, enquanto os itens adquiridos permaneciam com os organizadores.
Fagioli, inclusive, teria recorrido a um empréstimo de Federico Gatti, zagueiro da Juventus e que não é investigado, para quitar dívidas, e o cartão de crédito do jogador da Fiorentina estava dentro do cofre da joalheria. Fagioli cumpriu sete meses de suspensão entre outubro de 2023 e maio de 2024 por apostas esportivas ilegais, enquanto Tonali teve um gancho de 10 meses entre outubro de 2023 e agosto de 2024. Na ocasião, ambos colaboraram com as investigações.
O inquérito do MP de Milão se refere a fatos ocorridos até o fim de 2023, e os atos serão transmitidos para a Procuradoria da Federação Italiana de Futebol (Figc), que pode aplicar punições no âmbito desportivo. A Justiça já determinou a apreensão de 1,5 milhão de euros de cinco pessoas e uma empresa acusada de organizar o esquema.