
Após quase dois meses de trégua, Israel bombardeou a Faixa de Gaza e deixou mais de 400 mortos no enclave palestino, em uma escalada que ameaça enterrar de vez as tentativas de resolução do conflito no Oriente Médio.
Segundo o governo israelense, o ataque foi ordenado pelo premiê Benjamin Netanyahu e pelo ministro da Defesa Israel Katz devido às “repetidas recusas do Hamas em libertar os reféns” e após o grupo fundamentalista islâmico ter “rechaçado todas as propostas” feitas pelos Estados Unidos e pelos mediadores.
“As Forças de Defesa Israelenses [IDF] atacaram alvos do Hamas em toda a Faixa. A meta é alcançar os objetivos da guerra, incluindo a libertação de todos os reféns, vivos e mortos”, diz uma nota do gabinete de Netanyahu. As IDF também indicaram que o grupo palestino preparava novos atentados e estava se “reorganizando”.
A premiê da Itália, Giorgia Meloni, expressou “grande preocupação” com o fim da trégua, durante discurso no Senado em vista da reunião do Conselho Europeu de 20 e 21 de março.
Segundo ela, a escalada “coloca em risco os objetivos pelos quais todos trabalhamos”, como “a libertação de todos os reféns e um fim permanente das hostilidades, assim como a recuperação da assistência humanitária plena” no enclave palestino.