
Sabrina Minardi, de 65 anos, uma das principais testemunhas sobre o desaparecimento de Emanuela Orlandi, no Vaticano em 1983, faleceu em Bolonha, norte da Itália, de causas naturais.
A notícia foi dada pela jornalista Raffaella Notariale, com quem ela publicou um livro sobre a adolescente desaparecida.
“Sabrina se foi após ter ido ao cabelereiro, ficou loira e linda porque queria carinhos maiores. Ela morreu durante o sono”, escreveu Notariale no Facebook, cuja publicação foi compartilhada por Pietro Orlandi, irmão de Emanuela, que também assina o prefácio da obra conjunta.
Minardi, que foi amante de Enrico De Pedis, chefe da máfia siciliana morto em 1990, foi a primeira pessoa a reconstruir os acontecimentos após o sequestro de Emanuela, então com 15 anos em 22 de junho de 1983, levando a justiça a reabrir o caso em 2008, após as investigações terem sido encerradas em 1997.
No entanto, após mais de 40 anos do desaparecimento da jovem, o caso ainda é um mistério.
Orlandi é filha de um funcionário da Santa Sé, cidadã do Vaticano e residia dentro dos muros do menor país do mundo, mas desapareceu enquanto voltava para casa após uma aula de música em Roma.
O caso é o mais longevo da Itália e diversas hipóteses foram consideradas nas últimas décadas, desde crime comum até vingança contra seu pai ou contra o Vaticano. Nenhuma das hipóteses, no entanto, foi confirmada pela Justiça.