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Problemática do caso Cesare Battisti congela aprovação de acordo militar entre Itália e Brasil

A Câmara dos Deputados da Itália resolveu reenviar para a comissão competente o texto do acordo de cooperação militar que o país firmaria com o Brasil. 

Por unanimidade, os parlamentares aderiram à proposta de "congelamento" apresentada pela deputada do partido governista Povo da Liberdade (PDL) e vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores Fiamma Nirenstein.

Esta posição dos políticos italianos em relação à aprovação do acordo já era esperada. No sábado (8) este posicionamento foi adiantado pelo próprio chanceler Franco Frattini.

A atitude é vista como uma retaliação ao Brasil, que não concedeu a extradição do ex-militante italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, época em que integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). 

O acordo na área de Defesa prevê o desenvolvimento bilateral de projetos para a construção de navios e fragatas, além da realização de patrulhas.

A aprovação do texto pelo Parlamento italiano é o último passo para a entrada em vigor do acordo, que foi negociado em junho pelos ministros da Defesa de Itália e  Brasil, Ignazio La Russa e Nelson Jobim, respectivamente. 

No próximo dia 18 de janeiro, a Câmara dos Deputados da Itália também votará uma moção apresentada pela União Democrática de Centro (UDC) sobre as iniciativas para resolver a questão da extradição de Battisti. 

A decisão de manter o italiano no Brasil foi tomada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 31 de dezembro, que acatou o parecer da Advocacia Geral da União (AGU).

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