
A primeira-dama da França, Carla Bruni, voltou a negar que tenha pedido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não extraditasse o terrorista italiano Cesare Battisti.
"Eu nunca intervir em favor de Cesare Battisti", afirmou a mulher do presidente francês, Nicolas Sarkozy, em entrevista à agência Ansa.
O presidente do "Domus Civitas", Bruno Berardi, acusou Bruni, italiana de nascimento, de ter tentado persuadir Lula da não extradição. O "Domus Civitas" é um grupo de familiares de vítimas do terrorismo italiano na década de 1970.
Não é a primeira vez que Bruni sofre a mesma acusação. Em 2009, ela teve que negar na TV italiana que tenha intervido em favor de Battisti.
O ministro de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, disse que aposta pela continuidade dos acordos econômicos entre a Itália e o Brasil, em resposta aos que defendem a ruptura após a decisão de não extraditar à Itália o terrorista.
Na última terça-feira, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Cezar Peluso, determinou que o pedido de extradição do italiano seja desarquivado.
Battisti está preso no Brasil há quatro anos por decisão do Supremo.
Ele foi condenado à prisão perpétua pela Justiça de seu país por quatro homicídios ocorridos entre 1978 e 1979, quando integrava organizações da extrema esquerda. Ele nega os crimes e diz ser perseguido político.
O Palácio do Planalto anunciou, por meio de nota, que o então presidente Lula decidiu negar a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti, preso no Brasil há quatro anos.