Partidos políticos italianos de centro, esquerda e direita protestam em frente à Embaixada do Brasil em Roma, contra o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à extradição de Cesare Battisti, ex-terrorista dos PAC, Proletários Armados pelo Comunismo.
A central de polícia da capital italiana está tentando resolver o difícil jogo de bloqueio, para garantir espaço a cada um dos partidos, diante da complicação na praça Navona, onde está a sede diplomática de Brasília, que sempre foi o reino tradicional dos quiosques da festa da Befana de 6 de janeiro, nestes dias muito concorrida entre os romanos e turistas.
Em Milão também estão programados protestos distintos diante do consulado brasileiro.
Outras mobilizações de repúdio à decisão brasileira estão agendadas em Bari, Bolonha, Nápoles e Florença, com a participação não só de políticos, como também de integrantes do setor estudantil.
MINISTRA ITALIANA PARTICIPA DO PROTESTO EM ROMA:
A ministra italiana da Juventude, Giorgia Meloni, que também é presidente da organização juvenil do governista Povo da Liberdade (PDL), a Jovem Itália, estará presente de um dos protestos diante das sedes diplomáticas brasileiras contra a não-extradição do ex-militante de extrema-esquerda Cesare Battisti do Brasil.
A manifestação da qual participará Meloni, em frente à Embaixada do Brasil em Roma, foi organizada por Alberto Torregiani, filho do joalheiro Pierluigi, morto em um atentado atribuído a Battisti em 1979. Na época, o militante integrava o PAC.
"Nós aderimos à manifestação de Alberto Torregiani sem símbolos de partido", disse a ministra, que criticou setores políticos italianos por não estarem unidos contra a decisão do ex-presidente brasileiro Lula.
Meloni falou ainda sobre o recurso que o governo italiano deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF), que poderia "suspender temporariamente o status de refugiado político" de Battisti e "levar a nova presidente Dilma Rousseff a se pronunciar".